Site Autárquico Loulé

Aquisições mês de maio de 2017

  • ‘O caminho da autodependência’, de Jorge Bucay

    "O Caminho da Autodependência" é um percurso que todos nós temos de fazer.

    São muitos os que acreditam que o verdadeiro equilíbrio emocional e a chave do bem-estar residem na autonomia: se formos capazes de depender apenas de nós próprios, nunca sofreremos com a natureza inconstante das relações afetivas. Mas a autonomia total é impossível; o nosso estado existencial é de relação, e ninguém vive de e para si só. Por outro lado, são também muitos os que acreditam que a realização pessoal é inteiramente condicionada pelos relacionamentos, e se tornam dependentes das relações afetivas para se sentirem completos. Contudo, a dependência é uma forma de egoísmo que resulta sempre em isolamento.

    Para nos formarmos como indivíduos de forma sã, equilibrada e emocionalmente sustentável, é preciso desenvolver a capacidade de criar um balanço único entre estas duas tendências e atingir um estado raro, mas crucial: o da autodependência.

  • ‘Não me apetece ir dormir!’, de Paula Neves

    Depois de um serão bem divertido, o Rato Renato fica aborrecido ao ouvir as palavras de que menos gosta: está na hora de ir para a cama.

    É que o Renato considera que dormir é uma perda de tempo, e então diz sempre que não tem sono.

    Esta noite, porém, os papás dele resolvem acabar de uma vez por todas com as guerras antes de ir para a cama.

    Como o farão? E será que conseguem?

  • ‘As regras são importantes’, de Paula Neves

    Para muitas crianças, as regras são aborrecidas, limitadoras… enfim, uma seca!

    O Rato Renato não é exceção, e está cansado das regras que a mãe faz questão de relembrar constantemente. Até que um dia a mãe sugere que vivam sem as tão desagradáveis regras e o ratito percebe que, afinal, as regras até são importantes…

  • ‘Tenho medo do escuro!’, de Paula Neves

    O Rato Renato vai dormir a casa dos avós, mas o barulho do vento lá fora não o deixa descansar. Para além disso, aquelas sombras nas paredes do quarto fazem lembrar monstros assustadores!

    Cheio de medo do escuro, o Renato corre até à sala, para ficar junto dos avós. É nessa altura que o avô o leva a conhecer um amigo muito especial.

  • ‘O novo livro do pêndulo: a resposta rápida às suas dúvidas’, de José Medeiros

    A vida encontra-se recheada de dúvidas e de escolhas. Através da utilização de pêndulos é possível obter informações de modo a fazer opções mais corretas; o pêndulo é uma ferramenta que pode ajudar-nos a decidir com mais segurança. Este tipo de consultas permite encontrar o equilíbrio entre a razão e a emoção, os dois hemisférios do nosso cérebro, sempre em confronto.

    José Medeiros apresenta nesta nova obra um manual simples, prático e completo, acompanhado de 65 tabelas auxiliares, com as instruções necessárias para que tenha acesso fácil a esta técnica de autoconhecimento.

    Leia com atenção esta obra e utilizando um pêndulo verá que o caminho se torna mais fácil. Que as suas experiências nesta vida lhe permitam encontrar as respostas para as dúvidas que tem, a percorrer o bom caminho e a vencer o bom combate.

  • ‘O jardineiro e o carpinteiro: o que a nova ciência do desenvolvimento infantil nos diz sobre a relação entre pais e filhos’, de Alison Gopnik

    O que a nova ciência do desenvolvimento infantil nos diz sobre a relação entre pais e filhos.

    Cuidar dos nossos filhos é parte daquilo que nos torna humanos. Porém, aquilo a que chamamos «parentalidade» é uma invenção recente. Nos últimos trinta anos, o conceito de parentalidade e a indústria multimilionária que o rodeia transformaram os cuidados infantis numa atividade obsessiva, controladora e com metas, que pretende criar uma determinado tipo de criança e, por conseguinte, um determinado tipo de adulto. Neste livro, a psicóloga Alison Gopnik argumenta que a imagem habitual de pais e filhos no século XXI é profundamente errada – não só se baseia numa pseudociência, mas também é má para as crianças e para os adultos.

    A «parentalidade» não faz as crianças aprender – em vez disso, os progenitores empenhados deixam que as crianças aprendam, rodeando-as de um ambiente seguro e carinhoso.

  • ‘O que o cancro me ensinou’, de Sophie Sabbage

    Encontrar coragem, sentido e uma nova perspetiva de vida.

    Sophie Sabbage tinha 48 anos, vivia um casamento feliz e era mãe de uma menina de quatro anos quando lhe foi diagnosticado um cancro pulmonar em fase avançada. Foi ao receber essa chocante notícia que tomou a decisão de empreender uma viagem de cura e renovação – uma viagem que transformou a sua vida.

    Este livro relata a relação extraordinária que Sophie estabeleceu com a doença e os métodos eficazes que usou para lidar com o medo, a raiva, a negação e o luto. Dona de uma forte resiliência, desafia os leitores a transformar o modo como encaramos a doença: em vez de estabelecer com ela uma relação de «combate», a autora propõe que escutemos aquilo que a doença nos está a tentar comunicar. Se nos recusarmos a ser «vítimas» da doença, e a ser tratados como tal, e soubermos antes escutar e interpretar, aprenderemos a forma mais eficaz de a curar e de devolver ao nosso sistema físico e emocional um equilíbrio duradouro.

    "O Que o Cancro me Ensinou" é um livro mordaz, inesquecível e, sobretudo, muito prático. Encoraja os leitores a tomar as decisões fulcrais sobre a sua saúde, o seu tratamento e, mais importante ainda, a decidir por si mesmos como querem encarar e viver a sua experiência de doença e recuperação.

  • ‘Filha das trevas: como salvei a minha filha e fugi ao inferno do Boko Haram’, de Ibrahim Patience e Andreia C. Hoffmann

    A jovem Patience estava grávida quando foi raptada pelo grupo terrorista Boko Haram. Como centenas de outras meninas e mulheres, Patience sofreu tormentos inimagináveis. Mas houve sempre algo que falou mais alto. Algo que a ajudou a sobreviver: o amor à criança que trazia no ventre. O dia em que Patience soube que estava grávida foi o culminar de anos de preces. Há muito que a jovem pedia a Deus que lhe desse um filho. Foi, no entanto, uma alegria breve.

    Quando os homens do Boko Haram bateram à sua porta, Patience percebeu que o pior estava para vir. O seu marido foi assassinado sem dó nem piedade. E ela… foi levada à força, rumo a um mundo de terror sem limites. Mas aquilo que mais a preocupava foi também o que a ajudou a aguentar o impossível. A suportar tudo sem perder a vontade de viver. A lutar com todas as forças: o seu bebé. Este é um relato de sobrevivência – a de Patience e da sua filha – contra todas as probabilidades.

    Quando o Boko Haram raptou mais de 200 meninas na Nigéria, o mundo deu conta do terror em que o país estava mergulhado. Com pouco mais de 20 anos, Patience Ibrahim é uma das suas vítimas. E tem um mundo de histórias para contar.

  • ‘Em queda livre: romance’, de William Golding

    De alguma forma, em algum momento, Sam Mountjoy perdeu a sua liberdade, o livre-arbítrio «que não pode ser discutido mas somente sentido, como uma cor ou o sabor das batatas». Nascido na pobreza, de pai incógnito e mãe alcoólica, Sam cresce na vida, superando as suas origens e transformando-se num pintor de sucesso, com quadros expostos na Tate Gallery.

    Arrastado para a Segunda Guerra Mundial, é feito prisioneiro, submetido a tortura e fechado na escuridão de uma cela de onde emerge, como Lázaro do túmulo, descobrindo a infinidade num grão de areia e a eternidade numa hora. Transfigurado pela traumática experiência, inicia o processo de compreensão do que o Homem pode ser.

    Determinado em entender a pessoa em que se transformou pelas escolhas que fez na vida, Sam relembra o passado na tentativa de encontrar o momento exacto em que o peso acumulado dessas escolhas o privou do livre-arbítrio.

  • ‘O filho’, de Jo Nesbø

    Antes de ser condenado, Sonny era um adolescente exemplar, campeão de luta livre, e tinha um futuro brilhante pela frente. Até saber que o pai, o seu ídolo, era afinal um polícia corrupto que preferiu o suicídio a ser exposto. Agora, Sonny é um prisioneiro modelo. Metade da sua vida foi passada como recluso, cumprindo penas por crimes que não cometeu. Como compensação, nunca lhe falta heroína. É o centro de um núcleo de corrupção: guardas prisionais, polícias, advogados, e até um capelão desesperado, todos empenhados em mantê-lo drogado na prisão.

    Mas quando Sonny descobre a chocante verdade por detrás do suicídio do pai, planeia uma engenhosa fuga e começa a perseguir os responsáveis. Contudo, ao mesmo tempo que faz justiça pelas próprias mãos, é também perseguido por criminosos e pelas forças da lei. Com destaque para Simon, um inspetor prestes a reformar-se, e antigo amigo do pai. A questão é quem conseguirá chegar a ele primeiro, e o que fará Sonny quando se sentir encurralado?

    Mais uma narrativa, fora da série Harry Hole, em que Nesbø prova, uma vez mais, ser exímio em criar personagens marcantes e merecer a distinção de mestre do suspense.

  • ‘Os segredos das pirâmides’, de Geronimo Stilton

    Venham comigo a bordo da máquina do tempo do professor Volt e juntos viajaremos para épocas longínquas: personagens famosas, animais ferozes, encontros inesperados e muitos mistérios para descobrir.

    O divertimento é garantido, palavra de honra de roedor!

    «Com mil mumiazinhas mumificadas, sabem que o Antigo Egito é um lugar verdadeiramente extrarrático?

    Eu estive lá, durante uma fantástica viagem no Tempo, organizada pelo meu amigo, o professor Volt.

    Que aventura de perder o fôlego! Até me arrisquei a ser comido pelos Crocodilos Sagrados do faraó Ramsés ... Tchiit!»

  • ‘Histórias de uma amiga-inimiga pouco ou nada simpática’, de Rachel Renée Russell

    A Nikki foi escolhida para passar uma semana na prestigiante Academia Internacional de North Hampton Hills, no âmbito de um programa de intercâmbio de alunos. E se as coisas correrem bem, pode até ir para Paris, para participar num programa extracurricular. O único problema é que a North Hampton Hills é a escola onde agora estuda a… MacKenzie Hollister!

  • ‘Depois da tempestade, a bonança’, de Condessa de Ségur

    Pobre Genoveva! Desde a morte dos seus pais que o tio e o primo Jorge a maltratam a toda a hora... Felizmente, as visitas frequentes a casa dos vizinhos Saint-Aimard permitem-lhe escapar a algumas maldades. Mas, acima de tudo, o apoio da excêntrica menina Primerose e a dedicação do fiel Ramoramor criam alguns laivos de esperança… Coragem, Genoveva! Diz o provérbio que depois da tempestade, bem a bonança…

  • ‘Encontro imediato com o T-Rex’, de Geronimo Stilton

    Venham comigo a bordo da máquina do tempo do professor Volt e juntos viajaremos para épocas longínquas: personagens famosas, animais ferozes, encontros inesperados e muitos mistérios para descobrir.

    O divertimento é garantido, palavra de honra de roedor!

    «Já alguma vez tiveram a experiência de estarem a ser seguidos por um Tiranossauro -Rex? E já comeram uma omeleta de ovos pré-históricos?

    A mim aconteceu-me tudo isso e de que maneira!

    Embarquei numa viagem no Tempo a bordo do Ratonautilus, uma das famosas invenções do professor Volt, e fui catapultado para a Pré-História, para descobrir porque se extinguiram os dinossauros… Ah, que aventura de cortar a respiração!»

  • ‘Uma aventura em Conímbriga’, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

    O Professor Jorge convidou os nossos heróis a visitar as ruínas de Conímbriga e representarem algumas figuras romanas na recriação histórica que ali se realiza todos os anos. O Chico, como gladiador romano, ficou de defrontar o Dragão, também figurante de gladiador, e que, por sinal, além de ser chefe de uma quadrilha é também muito mal-encarado.

    A luta entre os dois gladiadores torna-se mais violenta e o João, que pensa que a luta está a ser mais a sério do que deveria ser, mandou uma pedrada ao Dragão, que não gostou nada e decidiu, no fim do combate, perseguir os nossos amigos para ajustar contas. Eles tiveram que se refugiar na tenda vermelha de Líria, a guardiã, que guarda alguns segredos. Ela conta-lhes a existência do tesouro dos Valérios, cujo enigma para o descobrir se encontra na Casa dos Repuxos.

    Não sabemos se existe ou não um tesouro, mas os elementos da quadrilha do Dragão, que estavam junto da tenda vermelha, ouviram a Líria a contar a história, e vão fazer tudo para que sejam eles a apanhar o tesouro. Uma trama cheia de peripécias que se vai desenrolar nas ruínas romanas de Conímbriga e com a ajuda de um arqueólogo que trabalha nas escavações e que por acaso até é um descendente dos Valérios tudo se resolverá a favor dos nossos heróis.

  • ‘Sermão da sexagésima e sermões da quaresma’, de Padre António Vieira

    «Há de tomar o pregador uma só matéria; há de defini-la, para que se conheça; há de dividi-la, para que se distinga; há de prová-la com a Escritura; há de declará-la com a razão; há de confirmá-la com o exemplo; há de amplificá-la com as causas, com os efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências, que se hão de seguir, com os inconvenientes, que se devem evitar; há de responder às dúvidas; há de satisfazer às dificuldades; há de impugnar, e refutar com toda a força da eloquência os argumentos contrários; e depois disto há de colher, há de apertar, há de concluir, há de persuadir, há de acabar. Isto é sermão, isto é pregar; e o que não é isto é falar de mais alto.»

    Padre António Vieira

  • ‘Uma última carta’, de Antonis Papatheodoulou

    IX Prémio Internacional Compostela para Álbuns Ilustrados 2016

     

    «Aquele era o último dia de trabalho do senhor Costas. O último dia como único carteiro de toda a ilha. Era uma época em que não havia telefone, nem correio eletrónico, e em que todas as notícias viajavam a pé...»

    "Uma última carta" transporta-nos para uma pequena e formosa ilha mediterrânica, cujos habitantes têm a sorte de poder contar com um carteiro muito amável. Mais de 50 anos de trabalho aproximam-se do fim e, com eles, um último dia de trabalho, que será para todos inesquecível...

  • ‘Memórias: três volumes reunidos’, de Raul Brandão

    Três volumes reunidos num só volume de "Memórias" para a comemoração do 150.º aniversário de Raul Brandão.

     

    Publicadas originalmente em três volumes, as Memórias de Raul Brandão constituem um dos exemplos maiores do género na nossa literatura. Memórias pessoais, memórias do seu tempo político e cultural, memórias das pessoas com quem o autor privou ao longo de uma vida consagrada à literatura e ao conhecimento dos outros – as recordações de Raul Brandão transportam-nos para um tempo, para uma sensibilidade e para um modo de escrita irrepetíveis: condensam um talento e um génio literário único; retratam alguns momentos de grande agitação política (as duas primeiras décadas do século XX); constituem um testemunho indispensável para se compreender não apenas a sua obra mas também o país a que ela se refere como uma obsessão.

  • ‘Tardio’, de Rosa Oliveira

    Rosa Oliveira venceu o Prémio Pen Clube Primeira Obra com o livro Cinza, publicado em 2013 pela Tinta-da-China.

    «Nunca a poesia de Rosa Oliveira se desliga da prosa do mundo, por mais que ouse alguns flirts com algo que a supera. Ela pratica, de certo modo, uma arte do recuo, traça com grande racionalidade os seus territórios, acaba por ser uma elegia da própria poesia, quase um túmulo do poeta que se vê obrigado a declinar os seus tempos sombrios como «uma longa marcha para a mediania».

    António Guerreiro, Público

     

    «Rosa Oliveira usa a alusão, a colagem, a sabotagem semântica e o sarcasmo para descrever mudanças, instantes, hiatos irrecuperáveis, tempos perdidos, maravilhas banais da nossa idade.»

    Pedro Mexia’

  • ‘O centauro no jardim: romance’, de Moacyr Scliar

    Nos confins do interior Sul do Brasil, numa pacata família de judeus que desbrava o mato para erguer uma fazenda, nasce um estranho ser que, pela sua singularidade, está destinado a um percurso singular. É um centauro, metade homem metade cavalo. A estranheza da sua aparência afasta-o do mundo dos homens. A sua alma humana, a sua aspiração de viver com os outros, amarram-no irresistivelmente à sociedade. Qual pode ser o destino de um centauro no mundo dos homens?

    Através desta fábula Moacyr Scliar, um dos mais destacados escritores brasileiros contemporâneos, expõe de modo exemplar perante os nossos olhos a contradição entre a nossa condição de ser social e a necessidade de afirmação da nossa individualidade.

    Revelando uma imaginação fulgurante, que cria as situações mais inesperadas e as resolve do modo mais feliz, com um estilo rico e fluente, "O Centauro no Jardim", que a Caminho agora reedita, será uma revelação para muitos leitores portugueses. Com este romance Moacyr Scliar obteve o prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte de 1980 para a melhor obra de ficção.

  • ‘Escravos em Portugal: das origens ao século XIX: histórias de vida de homens, mulheres e crianças sob cativeiro’, de Arlindo Manuel Caldeira

    Em Lisboa, Lourenço, escravo branco, hábil dourador de couros, foi marcado na testa pelo seu senhor com um ferro em brasa e sujeito a longos períodos de cárcere privado. Em Coimbra, João, escravo negro, conseguiu fugir, temporariamente, do cativeiro, levando ainda, em volta do pescoço, uma argola de ferro com o nome do seu dono. Florinda, angolana de origem, foi chamada à Inquisição, pois recorrera a feitiços na esperança de abrandar as iras da sua ama.

    Em Évora, Grácia, jovem escrava negra, morreu depois de espancada pelo seu proprietário. João de Sá, escravo nas cavalariças reais, chegou a cavaleiro da Ordem Militar de Santiago, na corte de D. João III. Este livro é a história de Lourenço, João, Florinda, Grácia, João de Sá e de muitos outros milhares de escravos que viveram em Portugal.

    Só nos séculos XV a XVIII, o período de maior concentração de mão-de-obra não-livre, calcula-se que, ao todo, tenha havido, no continente e ilhas, um milhão de pessoas sujeitas a cativeiro. Esta não é uma história da escravatura em Portugal, mas uma história dos escravos. Os protagonistas involuntários de um regime social injusto, excluídos entre os excluídos, são também, enquanto pessoas, os protagonistas deste livro. Como era feita a compra e venda de escravos, qual era a relação entre o senhor e o escravo, como era utilizada a mão-de-obra cativa, qual a diferença entre escravos da cidade, do campo ou do paço? E depois da abolição legal como se transformou a vida destas pessoas?

    Ainda no início do século XIX, mais propriamente em 1801 e 1809, os jornais de Lisboa publicavam, por incrível que possa parecer, anúncios como estes: “No dia 6 de Agosto, fugiu uma escrava preta muito baixa, olhos medianos, nariz chato e largo, boca grande e beiçuda, mal feita de corpo e mãos grandes e mal feitas. Levava capa de baetão muito comprida, cor de flor de pessegueiro e saia de chita escura. Na loja da Gazeta de Lisboa se dirá quem é seu senhor, o qual dá de alvíssaras 19$200 réis a quem lha descobrir”. “Quem quiser comprar três escravas, duas pardas e uma preta, fale na loja de Paulo Conrado, na rua dos Capelistas.”

    "Escravos em Portugal", do historiador Arlindo Manuel Caldeira, é uma obra inovadora sobre um tema que continua ainda muito ignorado no nosso país e que temos obrigação de conhecer de modo mais aprofundado para que não corramos o risco de, em pleno século XXI, ver regressar atitudes esclavagistas, como prenunciam alguns sinais perturbadores.

  • ‘Inteligência multifocal’, de Augusto Cury

    Análise da Construção dos Pensamentos.

    «Há um mundo a ser descoberto nos bastidores da mente humana; um mundo rico, sofisticado e interessante; um mundo que existe além da massificação da cultura, do consumismo, da cotação do dólar, da tecnologia, da moda, do estereótipo da estética. Procurar conhecer este mundo é uma aventura indescritível.

    A jornada mais interessante que o ser humano pode empreender não é a que ele faz quando viaja pelo espaço ou quando navega pela Internet. Não! A viagem mais interessante é a que ele empreende quando se interioriza, quando caminha pelas avenidas do seu próprio ser e procura as origens da sua inteligência e os fenómenos que realizam o espetáculo da construção de pensamentos e da “fábrica das emoções”.

    Este livro pretende levar o leitor a caminhar para dentro de si mesmo e a expandir o mundo das ideias sobre a mente humana, a construção de pensamentos e a formação de pensadores.»

  • ‘A verdade sobre a mentira: perceba porque todos mentimos, aprenda a detetar quem lhe mente, identifique os danos emocionais causados pela mentira’, de María Jesús Álava Reyes

    «Não consigo viver com mentiras!». Quantas vezes não ouvimos esta frase dita de modo definitivo? Mas quando olhamos à nossa volta apercebemo-nos de que é quase impossível excluir a mentira da nossa vida. Todos os dias dizemos «pequenas» mentiras, que utilizamos de forma quase inconsciente mas que afetam a nossa vida e a dos outros. «Estamos quase a chegar» - e sabemos que ainda demoramos mais 20 minutos. «Esquecia-se de comprar bolachas» - e até comprámos, mas é o que dizemos ao nosso filho quando ele nos pede bolachas mesmo antes do jantar. «Não recebi esse e-mail» - e, na verdade, recebemos mas é o que respondemos ao nosso chefe quando nos pergunta se uma tarefa já está feita. Mentimos por hábito ou para nos protegermos? Para ficarmos bem vistos e impressionarmos os que nos rodeiam? Ou para obter uma vantagem adicional? Mentimos por nos sentirmos inseguros, porque temos uma autoestima baixa, por humanidade? Ou mentimos para esconder algo que fizemos de errado? Para manipular os outros?

  • ‘Nova teoria do pecado’, de Miguel Real

    O Pecado, o Medo e a Culpa analisados por um dos grandes pensadores do presente.

    «O pecado constitui a categoria filosófica e religiosa sobre a qual a Europa cristã assentou as suas constantes culturais e civilizacionais e sobre a qual edificou a base fundamental do Poder, o poder religioso, mas sobretudo o poder político e social. Quando se refere que a Europa cristã ergueu a sua civilização com base na categoria religiosa de pecado diz-se, consequentemente, que ela assentou a sua civilização sobre o modo singular de viver com a emoção primária de Medo e com o sentimento de Culpa. Medo e Culpa constituem as duas colunas ético-morais que sustentam o edifício do Pecado. Por isso, Pecado, Medo e Culpa constituem o triângulo ético-religioso abordado neste ensaio.»

  • ‘T.O.P. tesouros de origem portuguesa: descubra produtos preciosos e surpreendentes da nossa gastronomia’, de Fortunato da Câmara

    Sabia que na ilha da Madeira existe uma plantação de mangas de sabor celestial pousada no sopé de uma escarpa com 400 metros? Ou que na região norte de Portugal é possível encontrar mini-kiwis sem pele que se comem como uvas, enquanto na Beira Interior cresce o verdadeiro açafrão, plantado por um casal entusiasta! No Alentejo há um citrino japonês de eleição, e no Algarve pode saborear-se um iogurte de cabra serrana que faz as delícias de qualquer um... É uma viagem à descoberta de produtos gastronómicos TOP - Tesouros de Origem Portuguesa - que se faz também por sabores tradicionais como o bacalhau de cura amarela, os pastéis de Tentúgal, as carnes regionais, os enchidos à base de porco, legumes esquecidos ou pouco conhecidos como a cherovia, o calondro ou o limão «galego» dos Açores, e sem perder de vista sabores certificados com distinção como a meloa de Santa Maria, ou frutos à beira da extinção como as maçãs do Minho e o pêssego rosa de Colares.

    Fortunato da Câmara, conceituado crítico gastronómico, leva-nos num roteiro apaixonante e delicioso em busca de alimentos TOP que nos revelam um lado pouco conhecido da nossa gastronomia - uma das maiores riquezas de Portugal. Deixe-se guiar através de produtos certificados pouco divulgados ou que deveriam ter mais reconhecimento, descobrindo pequenos produtores que saindo da nossa tradição produzem pequenas iguarias que merecem a nossa atenção.

    Além da história destes produtos, o autor explica-nos como saboreá-los e apreciá-los em "Momentos TOP". Um livro que nos apresenta «tesouros gastronómicos» que por vezes desconhecemos, e alguns que se podem perder se não explorarmos novos sabores e consumirmos de modo mais abrangente... «arriscando» em coisas diferentes!’

  • ‘A escola que temos e a escola que queremos: o que se passa com a educação?: um olhar sobre as principais preocupações de pais, alunos e professores’, de Rui Lima

    Todos: pais, professores e alunos se queixam do sistema atual de ensino. Os pais não querem que a escola seja uma fábrica que formate os filhos e os transforme em autómatos desajustados do mundo em que vivem. Exigem salas de aula com menos alunos, menos trabalhos de casa, um ensino mais criativo.

    Os alunos acham a escola aborrecida, pouco estimulante, separada da realidade tecnológica e do mundo em que vivem.

    Professores sentem-se desmotivados, presos às metas curriculares obrigatórias, ao sistema de avaliação por notas, à falta de tempo para trabalhar, não tendo possibilidade nem espaço para arriscar.

     

    Rui Lima, professor do ensino básico, considerado pela Microsoft, um dos 18 professores mais inovadores do mundo, reflete sobre todos estes temas em debate na praça pública e garante que não precisamos de ir lá fora para vermos casos de sucesso.

    Em Portugal já há professores a pensar fora da caixa, a romper com as práticas enraizadas, a arriscar novas abordagens que incentivam o risco e a experimentação, alunos motivados que pintam o céu de amarelo às bolinhas rosa” e que apesar de não conseguirem o sucesso nas “disciplinas nucleares” (seja lá isso o que for) possuem qualidades incríveis noutras áreas. Escolas inovadoras, que estimulam a curiosidade e que se transformaram em autênticos espaços de descoberta de talentos. O mundo mudou (muito) nos últimos anos, mas a escola não.

    É preciso pensar a escola quer queremos para o século XXI. E a resposta deve ser dada por todos: pais, professores e alunos. Com o objetivo de criarmos alunos que vão mudar o mundo.’

  • ‘Ser feliz não é caro: o livro da grande poupança’, de Janine Medeira

    «E se eu lhe disser que num ano pode poupar até 6000 euros? Aposto que o seu primeiro pensamento será: “Deve estar a brincar! Seis mil euros? Chego ao fim do mês quase sempre a zeros. Quanto mais poupar!” Pode parecer uma missão impossível, mas acredite que basta foco, saber os truques e as dicas certas e começar a pô-los em prática. De cada vez que vou ao supermercado, sei exatamente o que vou comprar e quanto vou gastar e, regra geral, saio de lá com um desconto de 50%. Como? Simples.

    Analiso folhetos para perceber quais os produtos que têm descontos, nunca compro algo que não me faça falta, levo vales de descontos que acumulo com promoções e não caio nas armadilhas consumistas que os supermercados nos preparam todos os dias. Contas feitas por alto, anualmente, consigo poupar cerca de 1500 euros.

    Já na minha cozinha tudo é planeado com antecedência, desde as refeições, aos alimentos que vou congelar, à marmita que vou levar para o emprego no dia seguinte e que faz com que evite gastar o meu subsídio de almoço. Aqui posso economizar mais de 300 euros por ano. E continuo a somar. Na saúde dos meus filhos, não olho a gastos, mas procuro sempre as melhores opções e acredite que feitas as contas, posso poupar 350 euros anuais.

    E na conta da água e da eletricidade? Evito pagar algumas centenas de euros porque estou atenta aos gastos e tenho noção dos comportamentos que me fazem gastar menos. Pode pensar que não tem tempo para poupar porque a sua vida não lhe permite pesquisar promoções e descontos ou fazer simulações para procurar quais os melhores seguros ou as melhores viagens de avião. No entanto pode gastar 10 minutos por dia e vai ganhar muito. Dinheiro e tempo para gastar o que poupou.»

    Janine Medeira, especialista em poupança e autora do blogue Poupadinhos & Com Vales, o segundo blogue mais lido em Portugal, apresenta-nos todas as estratégias, dicas e truques para poupar em todas as áreas do seu dia a dia: supermercado, casa, cozinha, seguros, estrada, nas férias, entre tantas outras. E, para perceber como se faz, a autora apresenta-lhe as contas para provar que este não é um objetivo impossível de alcançar. Porque poupar não tem de ser sinónimo de passar privações, mas sim de fazer as escolhas certas, no momento certo. Depois é só uma questão de usufruir do dinheiro que poupou e ser feliz.

  • ‘História natural da destruição: guerra aérea e literatura’, de W. G. Sebald

    Uma tese provocadora: a literatura alemã falhou perante o horror da guerra aérea. Com agudeza analítica e uma grande riqueza de material, Sebald rasga uma ferida na literatura do pós-guerra que até hoje não fechou. Os escritores não souberam lidar com a destruição das cidades, com as vítimas civis, os órfãos e os que perderam tudo.

    «Apesar dos denodados esforços para vencer o passado, quer-me parecer que os alemães são hoje um povo nitidamente cego para a História e falho de tradição.

    Não conhecemos o interesse apaixonado pela maneira de viver anterior e pelas especificidades da nossa civilização do modo que é patente, por exemplo, na cultura da Grã-Bretanha em geral. E quando olhamos para trás, em particular para os anos de 1930 a 1950, é sempre com um olhar que ao mesmo tempo se foca e se desvia. As produções dos autores alemães do pós-guerra são por isso marcadas por uma meia consciência ou falsa consciência destinada a consolidar a posição extremamente precária dos escritores numa sociedade que, moralmente, está de todo desacreditada.»

  • ‘Prisioneiros portugueses da Primeira Guerra Mundial: frente europeia - 1917/1918’, de Maria José Oliveira

    Comemoração dos 100 anos da entrada de Portugal na Frente Europeia da I Guerra Mundial. 

     

    Foi a decisão política mais relevante da I República, realizada sem consulta popular ou qualquer explicação ao país. As consequências foram trágicas: para a população, para os combatentes e para o próprio regime, que começou a definhar com a entrada de Portugal na Grande Guerra.

    Entre 1917 e 1918, mais de 50 mil homens partiram para as trincheiras da Frente Ocidental. A maioria nunca saíra das suas aldeias e vilas. Morreram milhares; outros tantos foram feitos prisioneiros e enclausurados em campos de internamento e de trabalhos forçados na Alemanha, França, Bélgica e Polónia. Morreram 260 expedicionários portugueses nesses cativeiros – o número resulta de uma nova contagem feita a partir do cruzamento de fundos documentais, publicando-se aqui a lista dos mortos, juntamente com informações biográficas e militares.

    Na historiografia nacional e internacional sobre a Primeira Guerra Mundial, a história dos prisioneiros de guerra continua a ocupar um lugar ensombrado. A publicação de documentação inédita, entre a qual correspondência censurada, e a evocação dos dias de cárcere destes homens procuram dissipar essa sombra, atribuindo-lhes a justiça possível: a memória.

  • ‘Memórias anotadas’, de José Medeiros Ferreira

    José Medeiros Ferreira (1942-2014) distinguiu-se como dirigente estudantil e opositor ao regime salazarista, como governante em particular na fase fundadora da democracia portuguesa, como interventor no espaço público e como académico e historiador. Nos múltiplos campos do seu multifacetado percurso, José Medeiros Ferreira mostrou possuir uma rara capacidade de pensamento livre e autónomo, uma aguda clarividência quanto ao devir da sociedade portuguesa, um reconhecido talento de análise prospetiva alimentado por uma vasta cultura e visão históricas, uma elevada noção da intervenção política e cívica – que exerceu com inteligência, empenhamento e pautada pelos valores da liberdade e da democracia.

  • ‘Conversas finais com Peter Seewald’, de Bento XVI

    É uma estreia: um Papa reflete e fala sobre a sua vida, o seu pontificado e a sua renúncia. Mais, nas últimas conversas que teve com Peter Seewald, o seu interlocutor de longa data, o Papa Bento XVI expõe pensamentos muito pessoais. Os acontecimentos marcantes do seu mandato também são abordados, assim como a memória da sua família, a relação com aqueles que foram em vida os seus principais companheiros de “viagem” e as questões prementes em torno do futuro da Igreja Católica Romana.