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Festival MED: Palco Castelo muda conceito e recebe concertos "intimistas" em português

Festival MED: Palco Castelo muda conceito e recebe concertos 'intimistas' em português

Eventos

24 de abril 2019

Palco Chafariz e espetáculos de teatro também são novidade

Márcia, Ricardo Ribeiro, Júlio Pereira, Ruben Monteiro e Luís Galrito com João Afonso irão atuar na Alcaidaria do Castelo que este ano irá transformar-se num auditório ao ar livre

Decorreu esta terça-feira, no emblemático Café Calcinha, mais um momento de comunicação da 16ª edição do Festival MED, que contou com a presença da cantora Márcia. Em jeito de tertúlia, e num momento de reunião e convívio entre aqueles que vivem este evento de forma especial – público, organizadores, artistas ou produtores -, foram anunciados novos nomes e algumas novidades para este ano.

Segundo o diretor do Festival e vereador da Câmara de Loulé, Carlos Carmo, a palavra de ordem continua a ser “inovar”, não só em termos da escolha musical, que continua a ser “o mais variada possível”, mas também em termos de “organização e do conceito do recinto”.

O Paco Castelo, um dos mais emblemáticos do Festival MED, ganhará nesta 16ª edição do evento um novo conceito. Este espaço que encerra uma forte carga histórica irá transformar-se num auditório dedicado exclusivamente à música portuguesa.

Este será pois um palco onde irão acontecer concertos mais “intimistas” que, à partida, estariam confinados a auditórios mas aos quais os visitantes do Festival terão agora acesso. Para a organização, o objetivo é que o Palco Castelo seja uma montra da música de qualidade feita em Portugal junto aos turistas que visitam a cidade e que poderão também apreciar toda a riqueza patrimonial da Zona Histórica de Loulé, em particular da Alcaidaria e Muralhas do Castelo de origem medieval.

“Este Palco decorria num espaço confinado, em que por vezes existia um congestionamento em termos da circulação de pessoas. Por outro lado, temos aqui o Museu Municipal de Loulé e o impacto da trepidação no local, sobretudo durante alguns concertos, poderiam afetar as peças. Por isso, este ano decidimos mudar a sonoridade deste espaço”, explicou Carlos Carmo.

No total serão seis nomes que irão pisar este palco, com sonoridades tão diversas como o Fado, Jazz, Música Tradicional Portuguesa, entre outras. Márcia, Ricardo Ribeiro, Júlio Pereira, Ruben Monteiro e Luís Galrito com João Afonso são os artistas que irão “estrear” esta nova faceta do Palco Castelo.

A cantora Márcia associou-se a este momento no Café Calcinha com uma curta atuação que deixa antever o que será o seu concerto no MED. “A primeira vez que atuei no Festival MED foi há 8 anos. Loulé é uma terra que me é muito querida. Gosto muito desta iniciativa do Festival MED porque é um festival único para anunciar novos projetos e muito eclético e variado e, por isso, para mim é uma honra e um prazer estar neste cartaz”, referiu a artista.

Mas o público que prefere experienciar espetáculos direcionados para propostas inovadoras e arrojadas dos quatro cantos do mundo não ficará defraudado com esta alteração até porque a organização irá criar um novo espaço – Palco Chafariz, no Largo D. Afonso III - para concertos dedicados à World Music, à semelhança do que já acontece com o Palco Matriz e o Palco Cerca. “Vamos testar uma nova área onde, de resto, já acontecem espetáculos noutras alturas do ano. Isto será importante também em termos da melhoria da circulação de pessoas no recinto”, considerou o diretor do Festival MED.

Neste momento foi anunciada outra novidade no alinhamento cultural do Festival MED. Além da Música, da Poesia, do Cinema ou das Artes Plásticas, será introduzida uma nova valência cultural nesta edição: o Teatro. A Casa da Cultura de Loulé, responsável pela programação do Palco da Bica, levará também a este espaço, diariamente, uma peça de teatro que irá anteceder os concertos. Esta associação é, de resto, uma das principais representantes desta arte cénica no Concelho de Loulé.

Refira-se que o Festival MED terá lugar na Zona Histórica de Loulé, nos dias 27, 28, 29 e 30 de junho, na Zona Histórica de Loulé. Até ao momento, a par destes seis nomes que irão atuar no Palco Castelo, já estão confirmados o brasileiro Marcelo D2, Mellow Mood (Itália), Marinah (Espanha), o projeto multicultural e transnacional The Turbans (Bulgária/Israel/Irão/Grécia/Turquia/Reino Unido), Kel Assouf (Níger/Bélgica), Selma Uamusse (Moçambique/Portugal), Orkesta Mendoza (Estados Unidos/México), Anthony Joseph (Trindade e Tobago), Moonlight Benjamin (Haiti/França), Dino D’Santiago (Portugal/Cabo Verde) Tshegue (Congo/França), Gato Preto (Gana/Moçambique/Portugal) ou os portugueses Gisela João, Dead Combo, Diabo na Cruz, Cais do Sodré Funk Connection, Omiri e Camané e Mário Laginha.

Os bilhetes já estão em pré-venda na BOL, parceiro do Festival MED, através do link https://bit.ly/2W2cLvy

Todas as informações sobre o Festival MED disponíveis em https://www.facebook.com/festivalmedloule/

Os artistas do Palco Castelo

MÁRCIA

Márcia é seguramente um dos talentos maiores da composição em língua portuguesa.

Os seus discos atestam isso mesmo. Início com o EP “A Pele que Há em Mim”, seguiu-se “Dá”, “Casulo”, “Quarto Crescente” e “Vai e Vem”, editado em 2018.

Este último registo é precisamente o mais recente trabalho da viagem da compositora de excelência, que inclusive já escreveu para outros artistas como Ana Moura, António Zambujo e Sérgio Godinho, entre outros.

Autora de temas intemporais como “A Insatisfação”, “Cabra Cega” e “Tempestade” apresenta em 2019 um espetáculo impactante em que as suas canções são pautadas por uma narrativa de vídeo e luz muito personalizada.

Vencedora do Prémio José da Ponte (Prémio SPA - Sociedade Portuguesa de Autores) ´

RICARDO RIBEIRO

“Respeitosa Mente”, o novo disco de Ricardo Ribeiro é um projeto totalmente novo e inédito, diferente daquilo a que o artista nos tem vindo a habituar. Escolheu a dedo os músicos para em conjunto criarem este seu novo disco. Juntou-se assim ao pianista João Paulo Esteves da Silva, um nome incontornável do jazz, e ao percussionista norte-americano Jarrod Cagwin, especializado em ritmos orientais, tendo feito grande parte dos seus estudos focado nas percussões asiáticas. Este trabalho tem como base a poesia de vários autores, na sua maioria portugueses, poesia de grande sensibilidade que foi vestida pela musicalidade destes três amigos, de forma invulgar, e onde poderemos usufruir da poderosa e cativante voz de Ricardo Ribeiro. Estamos seguros do produto culturalmente superior que sairá das mãos destes três músicos! Da mesma maneira, os concertos que Ricardo Ribeiro, João Paulo Esteves da Silva e Jarrod Cagwin irão apresentar, serão igualmente inesquecíveis e únicos. A mesma voz, a mesma força e paixão, mais uma nova experiência musical. Com edição pela Warner Music Portugal, a 26 de Abril, em breve o público terá a oportunidade de testemunhar este novo e invulgar trabalho com o lançamento de um primeiro single a 12 de Abril.~

JÚLIO PEREIRA

Com sete anos de idade aprende a tocar bandolim com o seu pai. Durante a adolescência faz parte de várias bandas de rock entre as quais Xarhanga e Petrus Castrus com quem grava quatro discos.A partir dos seus vinte anos (ano da revolução de Abril de 74) e até aos trinta colabora – em concertos e inúmeros discos - com os compositores mais importantes de Portugal destacando-se a sua colaboração com José Afonso (a partir de 79) com o qual colabora regularmente tocando em vários sítios do Mundo e coproduzindo os seus últimos discos.

Ainda nesta década trabalha como músico em alguns grupos de Teatro com encenadores como: Augusto Boal, Águeda Sena e João Perry .Grava os seus primeiros Álbuns de autor: Bota-Fora, Fernandinho vai ó vinho, Lisboémia e Mãos de Fada. Em 1981 lança o álbum Cavaquinho, um trabalho que veio abrir novas portas à música portuguesa, totalmente instrumental – ganhando todos os prémios de música do País – iniciando assim o seu percurso como instrumentista. A partir de 1983 e até 2003 grava regularmente os seguintes discos, alguns premiados: Braguesa 1983, Nordeste 1983, Cadoi 1984 (com a produção do primeiro vídeo-clip em Portugal para o tema "Nortada"), Os Sete Instrumentos 1986, Miradouro 1987 (criando em simultâneo o Mapa Etno-Musical de Portugal), Janelas Verdes 1990, O Meu Bandolim 1991, Acústico 1994, Lau Eskutara 1995 (gravado no País Basco com Kepa Junkera), Rituais 2000 (banda sonora da  coreografia com o mesmo nome de Rui Lopes Graça e os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado), e Faz-de-conta 2003 (o primeiro CD Multimédia para crianças).Faz vários concertos no Mundo, produz, orquestra e participa como Multi-Instrumentista em vários discos de outros autores e colabora paralelamente com vários nomes da música entre os quais: Kepa Junkera, Pete Seeger, Mestisay e The Chieftains - com os quais grava o CD Santiago que ganha o Grammy Award 1995.Em 2006 Colabora no Filme Fados de Carlos Saura com Chico Buarque e Carlos do Carmo produzindo o tema "Fado Tropical".

Ainda com o Bandolim, em 2008 grava o CD Geografias e cria um concerto com o mesmo nome. Atua em Portugal e vários sítios do Mundo.

Em 2010 - lança Graffiti um álbum de canções que conta com a participação de cantoras de vários países entre as quais: Dulce Pontes, Maria João, Sara Tavares, Olga Cerpa (Espanha), Nancy Vieira (Cabo-verde) e Luanda Cozetti (Brasil). Dos concertos dados ao longo deste tempo destaca-se aquele que dirige no Théâtre de la Ville em Paris (2012) de homenagem a José Afonso com artistas da atualidade como António Zambujo, Mayra Andrade, João Afonso, etc Em 2013 retoma, o Cavaquinho e grava o CD/Livro Cavaquinho.pt. como ponto de partida para uma nova etapa dedicada a este instrumento. Atualmente é Presidente da Associação Museu Cavaquinho que visa documentar, preservar e promover a história e a prática deste instrumento. Em 2015 recebeu a medalha de honra da SPA - Sociedade Portuguesa de Autores e foi condecorado pelo Estado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2017 publica o álbum (LP + CD/livro) Praça do Comércio com o qual ganha, em 2018, o prémio Pedro Osório atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores. Júlio Pereira conta com 22 discos de Autor e participa como Instrumentista, Orquestrador ou Produtor em cerca de 80 discos de outros Artistas.

ELISA RODRIGUES

Daqui em diante, a partir do disco que agora vos chega às mãos, As Blue As Red, passaremos a dispor de mais um argumento, irrefutável, definitivo, para defender a ideia de que uma revelação – estatuto que muitos vão convictamente atribuir a Elisa Rodrigues – pode implicar muito tempo e muitas etapas de crescimento, algumas delas construídas à vista de quem quiser olhar a valer.

Elisa Rodrigues acumulou nos últimos anos muitas experiências de palco, integrando equipas de outros artistas portugueses ou assumindo o desafio em nome próprio, mesmo que o trabalho se desenvolvesse em equipa; gravou um álbum de estreia, Heart Mouth Dialogues, em 2011, fazendo confluir para uma linguagem já personalizada o gosto de múltiplas referências e a aprendizagem com distintas (em mais do que um sentido...) influências, em especial aquela que lhe valeu, sobretudo no meio musical, passar a ser identificada como uma voz do jazz, pela proximidade, pela identidade e pela liberdade; foi recrutada para gravar com a banda britânica These New Puritans, assumindo essa responsabilidade no álbum Field Of Reeds, de 2013, acabando por manter esse posto de destaque na digressão intercontinental do grupo; no âmbito dos concertos, tornou-se uma presença familiar e desejada pelos mais atentos às movimentações musicais por cá, marcando presença em reuniões de largo espectro em território nacional (os festivais Vodafone, Mexefest, Cool Jazz, MED, Douro Jazz), deixando a sua impressão digital em palcos internacionais de enorme exigência (como o da sala londrina The Barbican ou do mítico Hollywood Bowl, em Los Angeles).

RUBEN MONTEIRO

Rúben Monteiro é um multi-instrumentista, produtor e compositor com uma invulgar amplitude de géneros musicais. Os seus projetos atuais variam do rock progressivo de Dhuka à música mediterrânea de Dorahoag, passando pelo medieval e folk rock em Albaluna e pela fusão de Rain Forest.  Desde sempre ligado aos instrumentos de cordas, Rúben iniciou a sua formação musica na Escola Luis António Maldonado Rodrigues, em Torres Vedras, primeiro na iniciação musical em piano e depois cumprindo o Curso Básico de Conservatório (5º grau) em Guitarra Clássica.

Influenciado pela descoberta das sonoridades mais tribais de Rianforest e inspirado pela recém-concluída licenciatura em Arqueologia pela Universidade Nova de Lisboa, Rúben envereda pela composição de música folk ao estilo medieval. Midgard percorrem várias feiras e mercados medievais do país em 2008 e 2009, publicando o EP “Folk Medicin” (2009). Durante o ano de 2010, a banda evolui de “banda de rua” para um projeto musical sólido com uma vertente de animação e outra de palco, com a composições originais a ocupar um papel cada vez mais relevante no projeto.

A investigação das tradições mediterrânicas e médio-orientais traz o rubab, o saz baglama e o oud turco, que por sua vez “obrigam” ao nascimento de novo projeto: Dorahoag, em 2013. Logo no ano de fundação os Dorahoag lançam o EP “Esperanto” que foi apresentado em todo o país. Efrén Lopez é provavelmente o “culpado” pelo nascimento e desenvolvimento de Dorahoag. O músico espanhol é uma referência mundial do rubab afegão e do saz baglama e torna-se a influência principal de Rúben na música mediterrânica. Torna-se também professor de Rúben, com o qual desenvolve as técnicas de composição e execução modal tão típicas do médio oriente.

Em março de 2015 surge o primeiro álbum LP de Dorahoag, “Silk Road”, apresentado em concerto em Torres Vedras com emissão em direto numa rádio regional.

2015 não termina sem que a incursão pela música do mediterrâneo complete um curioso ciclo. Num memorável concerto no Teatro-Cine de Torres Vedras os Dorahoag partilham o palco com Efren Lopez e Miriam Encinas. Uma ocasião que finalmente o discípulo se apresentou ao público com o seu mestre e uma das mais importantes referências do género.

LUÍS GALRITO CONVIDA JOÃO AFONSO

Letrista, compositor, e intérprete das suas canções, nota-se em Luís Galrito uma genuína vertente de trovador, um saudável misto das raízes alentejanas, de onde é oriundo, e das referências urbanas mais modernas. Há uma intervenção despretensiosa e natural nos seus temas, aliada a uma visão algo romântica que renasce continuadamente nos seus textos e se revive de uma voz, com um timbre bem peculiar, e uma guitarra mano a mano. Foi em 1996 que registou seu primeiro trabalho discográfico intitulado Véu Vermelho, um álbum temático, filosófico, surrealista e introspetivo, com influências do pop-rock progressivo ao estilo de bandas lendárias como Pink Floyd e outros.

Em 2002 grava Matura Inculta, novo disco de originais com uma sonoridade mais orgânica e crua, revelando referências marcantes da música portuguesa, tais como Jorge Palma, Sérgio Godinho e bandas de sempre do pop-rock nacional, casos dos UHF e Xutos & Pontapés. Dois anos depois regista novas versões promocionais, com novos arranjos, de alguns temas marcantes dos seus anteriores discos. Este trabalho conta com a colaboração e produção de Kalú, baterista do Xutos e Pontapés.

Já em 2005 inicia um ciclo de diversos espetáculos de tributo a grandes cantautores portugueses, onde se destaca a sua homenagem a Zeca Afonso e a outros cantores ligados à Revolução do 25 de abril, a qual tem levado a vários pontos do país e do estrangeiro, e tem recebido as melhores críticas da imprensa, do público e também de algumas personalidades próximas do cantautor, bem como de membros da Associação José Afonso.

Quero Ser Humano é o novo disco que lança em 2010 e que contou com a produção do reconhecido Luís Jardim. Em 2015 edita o seu álbum de tributo a Zeca Afonso, denominado Seja bem-vindo quem vier por bem. Participa ainda, mais recentemente, com João Afonso (sobrinho do cantautor) e o coletivo "O Barco do Diabo" (Rogério Pires, Paulo Machado, Sónia Pereira e João Espada), num projeto inédito denominado "O Sul de José Afonso", que, num formato audiovisual, revisita as vivências e geografias pessoais, afetivas e musicais de Zeca no sul do país. "Grafonola Voadora", um dueto artístico com João Espada, é o seu mais novo projeto, assente numa performance-concerto interdisciplinar e intimista que opera um diálogo criativo entre imagem, música, palavra e espaço envolvente, a qual conta com convidados especiais nas suas apresentações ao vivo, como Napoleão Mira ou João Frade.

"Menino do Sonho Pintado" é o novo disco de originais de Luís Galrito. Participam neste trabalho vários convidados, onde se destacam Dino D'Santiago, João Afonso, Reflect e Napoleão Mira, contando ainda com a colaboração nos arranjos de João Nunes, Gabriel Costa e Luís Melgueira.

À sonoridade deste álbum não são alheias as incontornáveis influências dos cantautores portugueses, das raízes folk do Alentejo e de outras sonoridades de matriz tradicional (ou não) de diversas zonas do país e do mundo. O título do disco é retirado de uma das canções que fala sobre as crianças vítimas de violência em cenários de guerra, relembrando aqui também a atualíssima questão dos refugiados e outros contextos preocupantes. Ao mesmo tempo, o título evoca um desenho que Luís Galrito fez na infância e que o marcou profundamente pela carga simbólica do mesmo (ativismo pela paz); e não deixa de ser um reflexo dos momentos de cumplicidade que passa no seu dia-a-dia desenhando com a sua filha Eva.

A expressão que dá nome ao novo disco de Galrito reflete assim o conceito, a mensagem visível em várias canções deste trabalho discográfico: a vontade de esboçar o sonho na pureza de uma criança, o desejo de mudança, o querer apagar um céu riscado de tintas de medo e afins, e de desenhar cores de harmonia, paz e amor. A fase de composição deste novo disco coincidiu também com a experiência de ser pai pela primeira vez, sendo que alguns dos seus temas, como "Filhos" ou "Balada para o meu Amor", espelham esta nova e bonita fase da sua vida.