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Bienal Ibérica em Loulé quer promover importância de património cultural para desenvolvimento dos territórios

Bienal Ibérica em Loulé quer promover importância de património cultural para desenvolvimento dos territórios

Cultura

17 de setembro 2019

Foi apresentada esta manhã, no Palácio Gama Lobo, a AR&PA - Bienal Ibérica de Património Cultural 2019, evento que entre os dias 11 e 13 de outubro reúne em Loulé 70 entidades de Portugal, Espanha, Itália, Áustria, Holanda, Brasil e Marrocos, em torno da temática da “Sustentabilidade”. Dirigida a profissionais, seja do setor público ou privado, mas também ao público em geral, pretende-se promover a troca de experiências e de ideias em torno do património cultural e de como este poderá contribuir para o desenvolvimento harmonioso dos territórios onde está inserido.

No seguimento da fusão da Feira do Património (2013, 2014 e 2015) e da AR&PA – Bienal de la Restauración y Gestión del Património, promovida pela Junta de Castela&Leão, depois de Amarante, em 2017, Loulé será a segunda cidade portuguesa a acolher este evento no formato ibérico. Trata-se de uma organização da Spira – Agência de revitalização patrimonial, que lançou o desafio à Câmara Municipal de Loulé para esta parceria.

Realizado pela primeira vez no sul do país, região em que a riqueza patrimonial ainda necessita de ser mais valorizada do ponto de vista de atracção territorial e desenvolvimento económico-social, pretende-se que esta seja também uma oportunidade para desenvolver este “ativo” no território louletano.

Marrocos será o país convidado e marcará presença com o seu artesanato, música e até mesmo uma tenda marroquina que será instalada num dos pontos onde irá desenvolver-se o programa de atividades. Considerando a aproximação cultural e geográfica dos dois países, pretende-se, assim, explorar o que há em comum em termos patrimoniais entre Portugal e este país do Magrebe.

Para o presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, o Município aderiu “de alma e coração” a esta Bienal para mostrar que “o Algarve é muito mais do que a sua atividade turística convencional, tem outros aspetos importantes que podem resultar no enriquecimento da oferta turística da região, nomeadamente o seu património”.

Para o autarca, este evento insere-se na política de valorização patrimonial que tem sido seguida pelo executivo louletano, nomeadamente no que diz respeito à Escrita do Sudoeste, aos Banhos Islâmicos (dos mais completos em termos de planta da Península Ibérica), às mais antigas Atas de Vereação conhecidas do país que remontam ao período medieval, à existência de um Arquivo Histórico que é um dos mais importantes do país em termos de documentação, à recuperação de vários monumentos como a Igreja Matriz de Loulé ou de edifícios históricos como o Solar da Música Nova e Palácio Gama Lobo, ao projeto de intervenção em todo o casco histórico ou à criação do “Quarteirão Cultural”, projeto em que o património cultural e a ciência serão mostradas de acordo com as mais atuais técnicas expositivas. “Loulé tem vindo a organizar-se para que o património e a cultura possam constituir um apelo à visita desta cidade pois sabemos bem que em territórios altamente competitivos temos que valorizar aquilo que são os nossos principais ativos. O património cultural do Concelho estende-se por várias épocas históricas, há toda uma série de acontecimentos representativos da história nacional que importa valorizar e mostrar ao país”, sublinhou Vítor Aleixo.

Esta Bienal terá um investimento por parte da Autarquia que rondará os 250 mil euros, mas para o presidente da Câmara este é “um investimento que trará um retorno superior, como a marca que irá deixar na população jovem em idade escolar”.

É também a pensar nos estudantes e no público mais novo que a edição de 2019 traz uma “programação imperdível que passará por ateliers, exposições, concertos, videomapping, itinerários ou roteiros”, como sublinhou Catarina Valença Gonçalves. “Construímos uma programação destinada a este público bastante diversificado, aos turistas e também aos estrangeiros que vivem neste território, para que venham conhecer este mundo do património cultural, os seus bastidores, e outros países que vão estar presentes”, explicou esta responsável que disse ainda “ valer a pena uma visita a Loulé nestes dias”.