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"O Gabinete de Leitura de Loulé: sociabilidade intelectual e «leitura pública»", por Patrícia de Jesus Palma

Em 1836, um grupo de cidadãos residentes na vila de Loulé reuniu-se para formar uma sociedade, devidamente formalizada por Estatutos, tendo, por principal objetivo, a leitura. Tratou-se da Sociedade do Gabinete de Leitura de Loulé. Esta iniciativa enquadrou-se nas primeiras manifestações do associativismo português legalmente constituído, mas a sua existência e configuração local concitam questões que muito interessam à história da cultura portuguesa: o que significou este Gabinete de Leitura no quadro das instituições e das práticas de leitura coetâneas? Que relações se podem estabelecer entre a leitura, enquanto prática cultural, e a nova ordem política? Que cultura, isto é, que textos foram disponibilizados? Como? Para que fins?

Tentámos responder a estas e a outras questões neste «Documento que se segue», dedicado à divulgação do fundo documental desta emblemática instituição cultural oitocentista.