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Apresentação do livro “D. Diogo da Gama – subsídios para uma biografia”, de Ivone Correia Alves, Jorge Custódio e Margarida Marques

Talvez possamos fazer um outro exercício de ‘reconhecimento’, juntando o duque de Beja e rei D. Manuel (1469-1521), o Descobridor e conde-almirante, D. Vasco da Gama (1468/9-1524), o D. Prior, D. Diogo da Gama (1460/70-1523).

Sensivelmente da mesma geração, conheceram-se, estabeleceram relações de trabalho e vassalagem, também familiares, talvez de amizade quem sabe.

Três crianças que poderão ter brincado juntas; três jovens que se terão cruzado; três homens de destinos diversos, mas dos quais temos notícia apenas através do rei que neles confia e lhes atribui alguns cargos de responsabilidade.

Cai o pano sobre o teatro das suas vidas, do diálogo entre irmãos, ou das razões da sua inexistência, nada ficou registado.

Temos ‘retratos’ do rei e do descobridor, por pouco fidedignos que sejam. Podemos imaginá-los para além e para aquém de toda a informação recolhida.

Também temos documentos ‘emanados por’ ou que se lhes referem.

Destes três jovens, que talvez tenham crescido juntos; destes três homens que trabalharam em simultâneo e em separado na mesma época; destas três figuras públicas que morreram uma após outra, em curtos intervalos e em locais bem diversos;

O Rei, a 13 de Dezembro de 1521, em Lisboa, Paço da Ribeira.

O Prior, a 25 de Janeiro de 1523, em Tomar, Convento de Cristo.

O Descobridor, a 24 de Dezembro de 1524, em Cochim, Estado Português da Índia.