A iniciativa, que contou com a coordenação científica da Professora Maria José Azevedo Santos, resultou de uma parceria entre o Centro de História da Sociedade e da Cultura (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) e o Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária. Teve a sua 1ª edição no Arquivo da Universidade de Coimbra e a 2ª no Arquivo Municipal de Loulé, no Dia Internacional dos Arquivos.
Num tempo de mudança dos sinais de identidade, procurou-se abordar, no Seminário, o valor das escritas de homens e mulheres, em especial o das suas assinaturas autógrafas, enquanto marcas ímpares de identidade. Nos séculos visitados a assinatura revela, quase sempre, não só o BI do indivíduo mas o seu verdadeiro auto-retrato.
A 1ª parte esteve a cargo da Professora Maria José Azevedo Santos, especialista em Paleografia e Diplomática, que tomou a assinatura enquanto auto-retrato e sinal de validação, ao longo da historiografia desde o século XV. Segundo a Professora “todos nós respondemos e dizemos aquilo que somos através do nosso nome”.
A 2ª parte foi da responsabilidade da Dra. Andreia Vieira, perita forense do Laboratório Científico da Polícia Judiciária, que explorou a escrita manual enquanto vestígio susceptível de análise pericial através de um workshop prático, abordando casos reais de falsificações de assinaturas. Esta perita trouxe casos reais para análise, bem como uma investigação criminal que estava em curso relacionada com um manuscrito de Eça de Queirós.