Site Autárquico Loulé

1994

  • Susana Vicente (1982- )

    Agraciada com a Medalha Municipal de Mérito Grau Bronze

     

    Susana Isabel Batista Vicente nasceu a 6 de Julho de 1982 em Loulé.

    Iniciou-se aos 3 anos na prática da Ginástica e sob a orientação do professor António Barão obteve óptimos resultados e atingiu a sua maior projecção. Detentora de grande número de palmarés, a sua maioria na prática do “Tumbling”, desporto caracterizado pelo encadeamento rápido de elementos acrobáticos em rotação em torno de um ou vários eixos com e sem apoio de mãos no solo e sem paragens.

  • Vítor Tenazinha (1941-2022)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Bronze

     

    Vítor José Tenazinha Sousa nasceu a 25 de Outubro de 1941 em Boliqueime.

    Desde cedo que mostrou propensão para o ciclismo. Tinha apenas 17 anos quando se inscreveu como individual no circuito para “Populares” efectuado em Boliqueime e do qual saiu vencedor.

    Dado o excelente desempenho nesta prova logo foi pretendido pelo Louletano, onde iniciou a sua carreira oficial, em 1957, na categoria de “Amador-Júnior”.

    Ciclista combativo, Vítor Tenazinha obteve sempre óptimas classificações e venceu etapas em grandes prémios e na “Volta a Portugal”. Chegou a fazer parte da Selecção Portuguesa que disputou a “Volta a Espanha”, em 1962.

    Em 1965, última temporada em que representou o Louletano, foi seleccionado para a “Volta ao Futuro” (França) e obteve o 11.º lugar na “Volta a Portugal”.

    Passou depois pelo Benfica ao lado de ciclistas como Peixoto Alves, Francisco Valada, Fernando Mendes, Américo Silva e afirmou-se no Sporting, desfilando vitoriosamente com João Roque, Leonel Miranda, Sérgio Páscoa, Firmino Bernardino e Joaquim Agostinho.

  • Miguel Farrajota (1967-)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    Miguel Farrajota nasceu em Loulé a 5 de Novembro de 1967.

    Iniciou-se nas competições de motocross em 1981.

    Foi Vice-Campeão de juniores na categoria 125cc, no Campeonato Nacional de Motocross. Em 1988 foi 1.º classificado na Taça das Nações.

    De 1988 a 1990 participou no Campeonato Nacional de Supercross, tendo sido campeão nacional em 1989 e 3.º classificado no Troféu Ibérico.

    De 1992 a 1998 participou nos Campeonatos Nacionais de Todo-o-Terreno e de Enduro, tendo sido várias vezes campeão nacional de 2 tempos mais de 175cc, em ambos os campeonatos, e Campeão Nacional Absoluto de Todo-o-Terreno em 1997 e 1998. Neste último ano foi também 6.º classificado na geral no Rali dos Sertões e vencedor do Prólogo, e vencedor do desafio “Campeão dos Campeões” e ainda vencedor das 24h Telecel Nissan Terrano II.

    Teve a sua única participação num Rali Dakar em 2000, no Dakar-Cairo, terminando em 14.º lugar.

    Foi vice-campeão nacional de Enduro 4T em 2000 e vice-campeão nacional supermotard em 2001 e 2002.

    Em 2006, no Rali Vodafone Transibérico, para a Taça do Mundo de Todo-o-Terreno, Miguel Farrajota terminou a prova em terceiro lugar entre os portugueses.

  • Padre Sebastião A. Viegas Costa (1925-1986)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    Sebastião Viegas Costa nasceu a 6 de Fevereiro de 1925 na Freguesia de Santa Maria de Tavira.

    Foi ordenado sacerdote a 2 de Janeiro de 1949.

    Durante cerca de 30 anos foi pároco de Boliqueime.

    Foi impulsionador das actividades da Sociedade Recreativa Boliqueimense, a colectividade mais antiga da Freguesia, desenvolvendo posteriormente esforços para conseguir alunos que justificassem a criação de uma Telescola, na qual exerceu a actividade docente.

    Mais tarde seria também impulsionador da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime, instituição que administra o Lar da Terceira Idade e o Jardim de Infância.

    Faleceu a 25 de Outubro de 1986.

  • Padre João Coelho Cabanita (1918-2003)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    João Coelho Cabanita nasceu em Boliqueime a 26 de Janeiro de 1918 e faleceu em Loulé a 3 de Janeiro de 2003.

    Frequentou o Seminário de Faro entre 1929 e 1935. De 1937 a 1941 frequentou o Seminário Maior de Évora, onde fez o curso de teologia.

    Ordenado Presbítero na Sé de Faro em 1941, pelo bispo do Algarve D. Marcelino Franco, celebrou Missa Nova em Boliqueime a 1 de Novembro do mesmo ano.

    Entre 1942 e 1944 foi coadjutor de Olhão, no ano seguinte pároco de Paderne e de 1945 a 1988 foi pároco de S. Clemente de Loulé.

    Durante 25 anos foi vigário da Vara de Loulé e de Albufeira.

    Foi membro da Comissão Municipal de Arte e Arqueologia, vice-presidente da Comissão Municipal de Assistência, fez parte da direcção da Filarmónica União Marçal Pacheco e da direcção da Sopa dos Pobres.

    Dedicou-se também à investigação histórica de Loulé, publicando alguns trabalhos sobre o tema.

  • Maria Aliete Galhoz (1929-2020)

    Agraciada com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    Maria Aliete Farinho das Dores Galhoz nasceu em Boliqueime, no ano de 1929. Estudou no Liceu de Faro e licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É editora literária, poeta e ensaísta. Entre 1953 e 1972 foi professora do Ensino Secundário. Colaborou em pesquisas de Literatura Popular Portuguesa, tema sobre o qual publicou inúmeros estudos e fez várias conferências, no Centro de Estudos Filológicos, juntamente com Lindley Cintra e Viegas Guerreiro, no Centro de Estudos Geográficos, e no Centro de Estudos de Tradições Populares Portuguesas da Universidade de Lisboa. Tem colaboração dispersa nas revistas "Boletim de Filologia", "Colóquio", "O Tempo e o Modo", "Nova Renascença" e em vários jornais. Colaborou e fixou os textos de "Poemas Esotéricos" de Fernando Pessoa em 1993. No campo da investigação da Literatura Tradicional Oral Portuguesa publicou "Pequeno Romanceiro Popular Português" (1977), "Romanceiro Popular Português" (1998), "Memória Tradicional de Vale Judeu" (1996), "Memória Tradicional de Vale Judeu II" (1998), "Romanceiro do Algarve" (2005). Colaborou na edição de "Povo, Povo, Eu te pertenço" de Filipa Faísca em 2000. Escreveu três livros de poesia: "Poeta Pobre" (1960), "Décima Quinta Matinal Esquecida - "Acto da Primavera" (1967), "Poemas em Rosas" (1985). Em prosa publicou o livro de contos intitulado "Não Choreis Meus Olhos" (1971). Recebeu a Medalha Municipal de Mérito, grau prata, pela Câmara Municipal de Loulé, em 1994. Foi ainda condecorada com o título Doutora Honóris Causa pela Universidade do Algarve (1966) e com o grau honorífico de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1999).

  • José da Costa Guerreiro (1885-1962)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    José da Costa Guerreiro nasceu em Loulé a 14 de Novembro de 1885 e aí faleceu em 31 de Março de 1962.

    Exerceu o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Loulé durante 15 anos (de 1935 a 1946 e de 1951 a 1956), dedicando-se acerrimamente ao progresso da vida local. Durante a sua presidência, sempre apoiado por Raul Pinto, o chefe da Secretaria da autarquia, batalhou pela electrificação do concelho, pela criação da Escola do Ensino Técnico, pelo desenvolvimento das freguesias ruarais, pelo embelezamento da vila de Loulé e pela restauração do edifício camarário. Criou igualmente prémios para os melhores estudantes do concelho, erigiu um monumento digno do nome de Duarte Pacheco, foi obreiro do Parque Municipal e desenvolveu um movimento para o desvio do caminho-de-ferro.

    Pela sua vasta actividade político-administrativa foi galardoado pelo Presidente da República com as insígnias de oficial da Ordem de Cristo, em Março de 1946.

    O seu nome ficou ligado também à Santa Casa da Misericórdia, instituição que dirigiu e a que legou os seus bens de fortuna.

    Em 1906 foi o grande defensor do Carnaval civilizado em Loulé, fazendo parte de uma comissão que fez do referido Carnaval o principal cartaz de animação cultural do concelho.

  • Francisco Xavier Cândido Guerreiro (1871-1953)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    Francisco Xavier Cândido Guerreiro nasceu em Alte, concelho de Loulé, em 1871. Depois de frequentar o Liceu e o Seminário experimentou diversos empregos revelando desde cedo alguma inquietação e pouca tendência para o sacerdócio. Em Loulé, foi redactor do semanário "O Algarvio". Uma vez em Beja dirigiu a Casa Pia. Mais tarde encontra-se como Fiscal de Impostos em Faro, tinha então trinta anos, quando é aconselhado pelo poeta João Lúcio, natural de Olhão, a cursar Direito. Aceita este conselho, termina o Liceu e cinco anos depois é formado em Direito pela Universidade de Coimbra. Uma vez regressado à sua terra natal é recebido com grande alarido pelos conterrâneos pois fora o primeiro Altense a formar-se. Tenta advocacia em Loulé mas não se sente satisfeito pelo que começa a exercer funções de notário enquanto a sua fama como poeta amargurado e filósofo se consolida a nível nacional. Republicano aguerrido até à altura da sua morte, será Administrador do Concelho de Loulé entre 1912 e 1918, altura em que a vila conhece grandes progressos, entre os quais a introdução da luz eléctrica. Em 1923 vai residir em Faro onde exerce notariado. Além da poesia, Cândido Guerreiro tentará igualmente destacar-se no teatro compondo o "Auto de Santa Maria", peça publicada pela comissão dos Centenários. O grande poeta Cândido Guerreiro viria a falecer em Lisboa no ano de 1953.

  • Manuel Viegas Guerreiro (1912-1997)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    Etnólogo e pedagogo, Manuel Viegas Guerreiro, nasceu em Querença, Concelho de Loulé, em 1912. Matriculou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Filologia Clássica, no ano de 1936. Concorre ao ensino secundário, colaborando paralelamente com o etnólogo Prof. Leite de Vasconcelos. Estimulado por este último e descontente com a situação política vivida em Portugal, decide partir para África. Aqui estuda a cultura Maconde, escreve em 1966 "Os Macondes de Moçambique, Sabedoria, Língua, Literatura e Jogos". Dois anos depois presta provas de doutoramento em Etnologia com a dissertação: "Bachimanes!Khu de Angola", obtendo a classificação de 19 valores. Tornou-se Professor de Etnografia da Faculdade de Letras. Fundou o Instituto de Estudos Africanos da Faculdade de Letras de Lisboa e foi seu Presidente até à data do seu falecimento em 1997. Cooperou com o Centro de Estudos Geográficos no plano de recolha e estudo da Literatura Popular Portuguesa. Era igualmente membro da Academia de Ciências, Presidente dos Estudos Gerais Livres e Director do Centro de Tradições Populares Portuguesas, onde tinha como colaboradora a investigadora algarvia Maria Aliete Galhoz. Postumamente o Professor Viegas Guerreiro mereceu diversas homenagens pelo trabalho desempenhado em vida e pela obra que legou à posterioridade. De entre estas homenagens destacam-se: Exposição "Vida e Obra de Manuel Viegas Guerreiro", na Biblioteca Municipal de Portimão; a atribuição pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, da Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique; o Colóquio de homenagem e exposição de fotografias e obras literárias no Arquivo Distrital de Faro, entre outras.

  • Maria Campina (1914-1984)

    Agraciada com A medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    Maria Campina de Sousa Pereira nasceu em Loulé, em 18 de Janeiro de 1914. Esta pianista, uma das mais talentosas da Europa de todos os tempos, concluiu o seu curso superior de piano do Conservatório Nacional, onde foi aluna de grandes mestres, entre os quais os extraordinários maestros portugueses Varela Cid e Luís de Freitas Branco, em 1935, com a classificação de 20 valores. 

    Enquanto frequentou aquele Conservatório, Maria Campina foi premiada com todos os galardões para os melhores alunos, incluindo o 1º prémio do Conservatório Nacional, nunca alcançado por qualquer outro aluno daquele estabelecimento de ensino. 

    Estreou-se em Lisboa naquele mesmo ano, num concerto na Casa do Algarve e fez questão de que o segundo fosse dado na sua terra natal, pouco tempo depois, no dia 8 de Agosto. 

    Em 1939, com 25 anos, já casada, Maria Campina começou a leccionar como professora de piano num colégio de Lisboa. É nessa época que Maria Campina ganha consolidação da sua carreira. 

    A Emissora Nacional tinha dois serviços e a estação de “Lisboa 2”, com uma programação cultural e científica, emitia, diariamente, concertos de música clássica e ópera. Além disso, a estação tinha a sua própria Orquestra Sinfónica, de grande nível. Maria Campina não tinha mãos a medir, quer em récitas individuais, quer integrada ou como solista da Orquestra Sinfónica, que, tal como a outra orquestra da estação oficial, a Orquestra Ligeira, percorria o país de lés a lés.

    Mas a pianista não se limitava a dar vida às partituras dos grandes compositores, escrevia também para os jornais, proferia conferências, interessava-se pela vida cultural do país. 

    Em 1949, Maria Campina decidiu participar num concurso internacional na Áustria, pátria de grandes músicos e intérpretes. No Mozarteum de Salzburgo, iria ombrear com quinze dos maiores pianistas mundiais do seu tempo. Interpretou obras de Mozart e de Johan Sebastian Bach e o júri, por unanimidade, o que raramente se voltou a repetir, declarou-a vencedora. Toda a Europa, América do Sul e África puderam, então, escutar a magia das suas interpretações.

    Maria Campina criou, por essa altura, na Academia de Música do Funchal, a disciplina de Iniciação Musical, mostrando, deste modo, a sua sensibilidade pedagógica e visão para as carências educativas da escola, em Portugal. 

    Já em Lisboa, alguns anos mais tarde, em 1962, a pianista algarvia abraçava convictamente a ideia da criação de um conservatório na região do Algarve. Em 1972, Maria Campina pôde, finalmente, ainda em casa emprestada, receber os primeiros alunos do «seu» Conservatório Regional do Algarve. Durante os doze anos que se seguiram, a pianista louletana pôde dar largas ao seu sonho, formando crianças e jovens algarvios.

    Galardoada, em 1979, com o grau de Comendador da Ordem de Instrução Pública, Maria Campina empenhava-se, então, com o seu marido, Pedro Ruivo, em conseguir apoios para a construção de uma escola de raiz.

    Maria Campina faleceu em 27 de Fevereiro de 1984 e seria o seu marido quem veria, finalmente, concretizado o seu sonho: o excelente edifício que alberga hoje o Conservatório Regional Maria Campina, de que todos os algarvios se podem orgulhar.

  • Aníbal Cavaco Silva (1939-)

    Agraciado com a Medalha de Honra

    Aníbal Cavaco Silva nasceu a 15 de Junho de 1939, em Boliqueime.

    É o 19.º Presidente da República Portuguesa, tendo sido eleito para o primeiro mandato em 2006 e reeleito em 2011.

    Exerceu também o cargo de Primeiro-Ministro ente 1985 e 1995.

    Participou em 29 Concelhos Europeus imprimindo uma nova dinâmica à política externa portuguesa, no reforço do papel pró-activo de Portugal nas suas relações bilaterais e multilaterais.

    Em 1995, foi distinguido na Alemanha com o Prémio Carl Bertelsmann que a Fundação com o mesmo nome decidiu atribuir a Portugal pelo sucesso das políticas de melhoria do mercado de trabalho e de luta contra o desemprego, enquanto Aníbal Cavaco Silva exerceu o cargo de Primeiro-Ministro. Recebeu ainda o Prémio Joseph Bech, em 1991, no Luxemburgo, e a medalha Robert Schuman, em 1998, e o Freedom Prize, em 1995, na Suíça, concedido pela Fundação Schmidheiny, pela sua acção como político e economista.

    Da sua vasta obra publicada destacam-se os livros: “O Mercado Financeiro Português em 1966”, “Política Orçamental e Estabilização Económica”, “A Política Económica do Governo de Sá Carneiro”, “Finanças Públicas e Política Macroeconómica”, “As reformas da Década”, “Portugal e a Moeda Única”, “União Monetária Europeia”, “Crónicas de uma Crise Anunciada”, entre outros.

    Foi Director da revista “Economia”, da Universidade Católica Portuguesa, entre 1977 e 1985.

    Entre 1995 e 2005, Aníbal Cavaco Silva afastou-se da vida política activa dedicando-se à actividade académica.

    Licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, Lisboa, o professor Cavaco Silva é também doutorado em Economia pela Universidade de York, Reino Unido. Foi docente do ISCEF, Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e Professor Catedrático na Universidade Católica Portuguesa.

    Foi igualmente Consultor do Banco de Portugal, exerceu o cargo de Ministro das Finanças e do Plano em 1980-81 e foi Presidente do Conselho Nacional de Plano entre 1981 e 1984. Presidiu o Partido Social Democrata entre Maio de 1985 e Fevereiro de 1995.

    Aníbal Cavco Silva é Doutor Honoris Causa pelas Universidades de York, La Coruña (Espanha), Goa (Índia), León (Espanha) e Heriot-Watt (Edimburgo, Escócia), e membro da Real Academia de Ciências Morais e Políticas de Espanha, do Clube de Madrid para a Transição e Consolidação Democrática e da Global Leadership Foudation.