Agraciada com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

Antónia do Carmo Provisório da Silva Campos nasceu a 25 de Fevereiro de 1907, na freguesia de Alvor e faleceu a 31 de Maio de 2006 na freguesia de Benafim.

Veio para a Quinta do Freixo, uma das maiores explorações agrícolas do Algarve, que o seu pai havia adquirido na década de 20, com vinte e poucos anos, a qual dirigiu por largos anos.

Durante a sua vida, D.ª Antónia dedicou-se à defesa do mundo rural e deu emprego e meios de subsistência a muitas pessoas da freguesia de Benafim e freguesias vizinhas, sendo sempre uma pessoa ligada à beneficência. Contribuiu bastante para o desenvolvimento das freguesias de Benafim e Alte, na medida em que criou a Urbanização do Bairro Novo e ofereceu terrenos para a criação de espaços verdes e espaços colectivos, tais como o Cemitério, o Sport Club Benafim e o Campo de Futebol. Ajudou a Igreja de Alte nas obras de remodelação, compra de banco e restauro de imagens. Foi membro fundador do Grupo de Amigos de Alte, fez parte dos corpos gerentes da Associação Pró-Beneficência e Progresso de Alte e das Comissões de Festas das Freguesias de Alte e Benafim.

Da década de 40, D.ª Antónia cedeu à Câmara Municipal de Loulé a Quinta do Pombal, onde estão hoje instalados o Monumento Eng.º Duarte Pacheco, a Casa da Primeira Infância, as Piscinas Municipais e outras infra-estruturas públicas ao serviço da comunidade.

Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

José Mendes do Carmo nasceu em Loulé e começou a aprendizagem musical na Filarmónica Artistas de Minerva com António L. Nadais, tendo saído a tocar à rua aos nove anos de idade.

Aos 18 anos, ingressou por concurso na Banda de Música da Guarda Nacional Republicana, onde sempre foi solista, em trompa de harmonia.

Aos 20 anos, ingressou também na Emissora Nacional, na Orquestra Sinfónica Nacional, onde permaneceu 38 anos, ocupando o lugar de solista.

Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian por duas vezes, na Alemanha, em cursos de aperfeiçoamento, tendo sido convidado a lá ficar.

Em 1967, venceu o Concurso Nacional de Interpretação Musical “Guilhermina Suggia”, prémio entregue em cerimónia pública pelo Presidente da República, no Palácio da Foz.

Compôs várias obras, sendo a marcha “Artistas de Minerva” a que mais se tem tocado de Norte a Sul do País e também em Espanha.

Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

Manuel Maria Cristóvão Laginha nasceu em Loulé a 09 de Abril de 1919.

Estudou Arquitectura em Lisboa, mas diplomou-se, pela Escola de Belas-Artes do Porto em 1947, tendo sido bolseiro “Ventura Terra” entre 1943 e 1945.

Foi membro da Direcção do Sindicato Nacional dos Arquitectos no biénio 1952-1954.

Para a sua terra natal projectou, para além do Centro de Assistência Social  Polivalente e do Bairro de Casas Para Pobres , vários edifícios de habitação.

Foi funcionário da Direcção de Serviços de Salubridade e Edificações Urbanas da Câmara Municipal de Lisboa entre 1948 e 1952 e da Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização entre 1952 e 1958. No desempenho destas funções realizou os planos de urbanização do Campo Maior, Vila Verde de Ficalho, Quarteira, Loulé, Lagoa, Santo André, Alvalade, Melides e Termas de Montefortinho.

Da sua obra arquitectónica construída destacam-se os centros de assistência social polivalente de Loulé e Olhão, a Casa de Paderne, o Instituo Luso-Fármaco em Lisboa, o conjunto urbano para habitação multifamiliar na frente norte da Avenida dos Estados Unidos da América, etc.

Faleceu em Lisboa a 20 de Dezembro de 1985.