Site Autárquico Loulé

2009

  • Inácio Manuel Leal Mendes (1944-2008)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Bronze

     

    Inácio Manuel Leal Mendes nasceu em Loulé, no dia 21 de Dezembro de 1944.

    Completada, com sucesso, a instrução primária, foi com apenas dez anos de idade aprender, com Emídio do Carmo Chagas, proprietário da Farmácia Santos, que se situava no Largo de S. Francisco, em Loulé, as bases de uma profissão que iria abraçar com total empenho e dedicação.

    Em finais de 1961, Emídio do Carmo Chagas solicita a transferência da Farmácia para Olhão, fundando, assim, a Farmácia Olhanense, levando para trabalhar consigo o Naicinho.

    Corria o ano de 1966, quando foi mobilizado para a Guerra do Ultramar. Foi destacado para a Guiné, com as funções de Cabo Enfermeiro. Algum tempo depois viria a ser vítima de um acidente de viação em serviço, provocando-lhe ferimentos numa das vistas, situação que lhe retirou, quase totalmente, a visão dessa vista. Voltou então à Metrópole para ser recuperado.

    Após tratamento no Continente regressa, novamente, à Guiné, voltando a ser vítima de um rebentamento, que provocou ferimentos numa das pernas. Contudo, este infortúnio episódio não o impediu de socorrer, nesse preciso momento, outros camaradas que ficaram em pior estado. Além de revelar a têmpera de que era feito, esse acto valeu-lhe um Louvor Militar na sua caderneta de serviço.

    Em 1968, Emídio do Carmo Chagas decide abrir um Posto de Medicamentos na freguesia de Almancil e, mais uma vez, contou com o Naicinho.

    Inácio Mendes dava provas de uma generosidade sem limites e de um altruísmo incansável. Disso são exemplos as inúmeras vezes que pagou do seu bolso medicamentos a clientes amigos que não podiam pagar; ou as frequentes deslocações ao fim de semana, no seu período de descanso, às casas de alguns clientes para lhes administrar injecções, entregar medicamentos, medir tensões arteriais, fazer curativos, etc... Esta singular maneira de agir, quotidianamente, levava a que muitos o considerassem um autêntico "Dr. Lopes dos ajudantes de Farmácia".

    Com espantosa facilidade em fazer amizades, via em cada cliente um amigo, tratando todos de igual forma, do mais rico ao mais pobre.

    Devido a problemas de saúde vê-se forçado a apresentar baixa, por diversas vezes, sendo a última em Maio de 2008, terminando, assim, uma colaboração familiar com os seus patrões de sempre. Foram cinquenta e dois anos e meio de uma dedicação incansável, sempre ao serviço dos mais pobres e necessitados.

    Uma vida inteira a trabalhar, quase sempre, no mesmo local; e, sempre, para a mesma família, resultaria numa identificação muito forte do Naicinho com a Farmácia Chagas. A Farmácia confundia-se com a Naicinho, e o Naicinho confundia-se com a Farmácia.

    Viria a falecer, poucos dias depois de ter completado 64 anos de idade.

  • Abílio Celestino Lopes dos Santos (1965-)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Bronze

     

    Abílio Celestino Lopes dos Santos, o “Mestre Bilinho”, nasceu na cidade de Luanda, em 30 de Maio de 1965.

    Após a Revolução do 25 de Abril, voltou com os pais para Quarteira.

    Aos 14 anos decidiu iniciar-se na lides marítimas e começa a ir para o mar com o pai, dedicando-se exclusivamente à pesca de polvos com alcatruzes.

    Aos 18 anos adquiriu então a sua primeira embarcação denominada “Carlita” em homenagem à sua irmã.

    Passados quatro anos comprou então o barco “Príncipe Divino”, passando então a pescar com redes e dedicando-se à apanha de diversas espécies de pescado.

    Em 1989 deslocou-se a Peniche onde comprou a embarcação “Poema do Amor”. A partir daí começou a dedicar-se por completo a pescar com a arte do Cerco, sobretudo à apanha de maiores volumes de pescado.

    Em 1997 deu início àquele que seria o seu maior investimento, com a construção da embarcação “Poema do Mar”, que viria mais tarde a substituir a já existente. A execução deste barco, nos estaleiros de Rui Pinto, em Vilamoura, teve a duração de três anos. A embarcação começou a andar no mar no primeiro semestre do ano 2000, tendo logo de imediato feito diferença para a sua antecessora.

  • Colégio Internacional de Vilamoura:

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

     

    O Colégio Internacional de Vilamoura – CIV – foi fundado em 1984 como escola de educação internacional para servir os alunos da área de Vilamoura. Mercê do seu ideário e da sua filosofia educativa, o colégio tem atraído cada vez mais alunos de localidades portuguesas mais distantes e cada vez mais de outros países. Hoje, para além dos alunos portugueses, interessados em fazer os seus estudos numa escola de educação internacional, a comunidade de alunos do colégio junta 42 nacionalidades de diferentes expressões culturais e linguísticas.

    Uma das suas características mais interessantes é o seu programa de estudos: promove aprendizagem do inglês e do português como duas primeiras línguas até aos 10 anos de idade. A comunicação e o ambiente bilingue estão sempre presentes em todas as classes. Os alunos podem seguir o plano de estudos portugueses (currículo português) ou o plano de estudos ingleses (British national curriculum), ambos adaptados a uma versão de educação internacional. Grande parte das famílias portuguesas opta pelos estudos ingleses. Os alunos e as famílias são orientados nos seus estudos básicos em função da sua proveniência linguística e da necessidade de adquirirem numa idade precoce competências noutras expressões linguísticas.

    Os níveis de ensino existentes no Colégio são: desde os 3 anos (nos estudos portugueses) ou Nursery (nos estudos ingleses) até ao 12º ano de escolaridade ou à classe 13 dos estudos ingleses.

    O universo do CIV é o mesmo das escolas internacionais que servem mais de 220 mil alunos em todo o mundo. São cerca de 600 projectos de educação espalhados por cerca de 120 países (um dos movimentos com mais representatividade em todos os continentes no âmbito das escolas de educação básica e secundária). O Colégio Internacional de Vilamoura é membro regular do European Council of International Schools – ECIS: uma organização dedicada à promoção da educação internacional no mundo.

    O CIV é ainda um centro acreditado pela Universidade de Cambridge.

  • Associação de Vale Silves

    Agraciada com a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata

    O Centro Social e Comunitário de Vale Silves (C.S.C.V.S.), é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (I.P.S.S.), sem fins lucrativos, que visa essencialmente, o desenvolvimento comunitário, social, económico, cultural e desportivo de Vale Silves, e freguesia de Boliqueime, organizando respostas integrantes, globais e polivalentes, face às necessidades e problemas dos indivíduos e famílias.

    Na base da constituição deste Centro, em 1990, esteve a Associação Pais e Filhos, uma associação de pais das crianças da Escola de Vale Silves, que inicialmente se juntaram no sentido de melhorar a capacidade educativa dos seus associados, e a qualidade de vida dos seus filhos e das crianças da Freguesia. Através de uma consciência comunitária e da necessidade de mudança que no seio deste grupo surgiu, esta associação foi alargando os seus objectivos, e as suas áreas de actuação, pelo que o Centro Social e Comunitário se mostrou a uma resposta adequada a servir toda a comunidade.

    Este tem, actualmente em funcionamento as seguintes respostas sociais:

    - Actividades de Tempos Livres, na área Infanto-juvenil para a ocupação do tempo das crianças nas interrupções lectivas.

    - Serviço de Apoio Domiciliário, que visa dar resposta às necessidades básicas dos idosos e indivíduos que por si só não as conseguem satisfazer.

    Para além das respostas sociais referidas, o Centro desenvolve:

    • Actividades de Animação Infantil.
    • Actividades de Animação Sócio Cultural.
    • Atendimento e acompanhamento Social.
  • Quirino dos Santos Mealha (1908-1991)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    Quirino dos Santos Mealha nasceu em Querença a 8 de Julho de 1908.

    Em 1926 matriculou-se na Universidade de Lisboa, tendo-se licenciado em Lisboa em 1931.

    No ano seguinte fixou-se em Loulé onde fez os estágios de advogado, de notário e de subdelegado do Procurador da República. Em simultâneo, entrou para a vida pública de Loulé, tendo sido administrador do concelho (1932, 33 e 35), provedor da Misericórdia, vice-presidente da Câmara e presidente do Grupo Desportivo Louletano.

    Em 1935 foi nomeado delegado do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência no distrito de Beja.

    Foi deputado na III Legislatura (1942-45), mandato que não concluiu para ocupar o lugar de governador civil do distrito de Beja, de 1944 a 1950, exercendo novo mandato na VIII Legislatura (1961-65), sendo também procurador à Câmara Corporativa na VI e VII Legislaturas por inerência de ser presidente da Direcção da FNAT.

    Foi também Presidente do Concelho de Administração e do Concelho-Geral do Banco do Alentejo entre 1966 e 1975.

    Presidiu várias comissões de estudos e grupos de trabalho, tomou parte de congressos, colaborou com diversos jornais e revistas e foi autor de relatórios, discursos, conferências, comunicações e de iniciativas culturais, nomeadamente de concursos e exposições de carácter heráldico, etnográfico, folclórico e de arte popular.

    Faleceu em Lisboa a 4 de Junho de 1991.

  • Manuel António Gomes de Almeida de Pinho (1954-)

    Agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro

     

    Manuel António Gomes de Almeida de Pinho nasceu em Lisboa a 28 de Outubro de 1954.

    Licenciou-se em Economia, pela Universidade Técnica de Lisboa, em 1976, e doutorou-se na Universidade de Paris Ouest, em 1983.

    Foi assistente na Universidade Católica Portuguesa e no Instituto Superior de Economia e Gestão, entre 1983 e 1986, responsável pelo desk de Portugal no Fundo Monetário Internacional, de 1984 a 1987, director-geral do Tesouro e presidente da Junta de Crédito Público, de 1990 a 1993. Em 1994 ingressou no Conselho de Administração do Grupo Banco Espírito Santo onde foi responsável pela área de mercado de capitais. Em 2005 foi cabeça-de-lista do Partido Socialista no Círculo de Aveiro, sendo eleito deputado à Assembleia da República. Com a vitória do PS foi nomeado Ministro da Economia e Inovação do XVII Governo Constitucional. Foi o inspirador da agenda do Plano Tecnológico, responsável pela condução da política de energia que levou Portugal a ser um dos líderes nas energias renováveis e um dos pioneiros na mobilidade eléctrica, tendo sido também autor da proposta que inspirou o Plano Tecnológico Europeu para a Energia. Em 2007 presidiu ao Conselho Europeu de Competitividade e da Energia, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia. No dia 2 de Junho de 2009, depois de um gesto impróprio dirigido ao deputado Bernardino Soares, do Partido Comunista Português, numa discussão sobre o fecho das minas de Aljustrel em sessão plenária da Assembleia da República, foi exonerado pelo chefe do governo,  José Sócrates. Foi substituído nessa pasta por Teixeira dos Santos e anunciou, então, a sua retirada da vida política.

    Após a sua saída do governo assumiu as funções de vice chairman do BES África, presidente do Conselho de Administração da Fundação Arpad Zenes-Vieira da Silva, consultor internacional sénior da Roland Berger Strategy Consultants e membro do Conselho Consultivo da Gamesa. É igualmente professor catedrático convidado do Instituto Universitário de Lisboa e professor visitante da Universidade de Columbia, no âmbito do Energy MBA, que coordena.