
Esta área protegida constitui um magnífico monumento ambiental de grande beleza natural, tanto do ponto de vista geológico como do ponto de vista da biodiversidade. A Rocha da Pena é uma formação calcária rochosa, em forma de cornija, que atinge 479 m no seu ponto mais alto. Ao longo de milhares de anos, a ação da água na rocha calcária provocou fendas e deu origem a grutas, algumas das quais com grandes dimensões.
Localizada numa zona de transição entre o Barrocal e a Serra Algarvia, aqui encontram-se características mediterrâneas e a presença de uma rica e variada flora (500 espécies) e fauna. A nível ornitológico, constitui um ponto de paragem obrigatório, tendo sido já recenseadas neste local mais de 80 espécies de aves, incluindo diversas aves de rapina. Na migração outonal, é possível observar várias destas aves em passagem, nomeadamente a Águia-calçada (Hieraeetus pennatus), a Águia-cobreira (Circaetus gallicus), o Gavião (Accipiter nisus) e já no final de Outubro, o Grifo (Gyps fulvus) que surge normalmente em grandes bandos. Às vezes, com alguma sorte, é ainda possível observar o Abutre-do-egipto (Neophron percnopterus) e Ógea (Falco subbuteo), migradores raros, mas regulares.
O grande maciço calcário que caracteriza esta zona proporciona condições de nidificação a várias aves, como o Melro-azul (Monticola solitarius), o Bufo-real (Bubo bubo) e até a Águia de Bonelli (Hieraaetus fasciatus), outrora aqui residente.
A subida ao topo da Rocha da Pena dá ainda a oportunidade de observar vários passeriformes residentes como a Felosa-do-mato e a Toutinegra-de-cabeça-preta, e no Inverno, a Ferreirinha-alpina (Prunella collaris) e o Melro-de-peito-branco (Turdus torquatos).Existem também muitas outras espécies como o Abelharuco (Merops apiaster), que escavam o seu ninho nos taludes dos terrenos.